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Geração Perdida de Minas Gerais
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1.
2.
Mande notícias do mundo de lá Diz quem fica Me dê um abraço venha me apertar Tô chegando Coisa que gosto é poder partir sem ter planos Melhor ainda é poder voltar quando quero Todos os dias é um vai e vem A vida se repete na estação Tem gente que chega pra ficar Tem gente que vai pra nunca mais Tem gente que vem e quer voltar Tem gente que vai e quer ficar Tem gente que veio só olhar Tem gente a sorrir e a chorar E assim chegar e partir São só dois lados da mesma viagem O trem que chega é o mesmo trem da partida A hora do encontro é também despedida A plataforma dessa estação é a vida desse meu lugar É a vida desse meu lugar É a vida
3.
Eu já estou com o pé nessa estrada Qualquer dia a gente se vê Sei que nada será como antes, amanhã Que notícias me dão dos amigos? Que notícias me dão de você? Alvoroço em meu coração Amanhã ou depois de amanhã Resistindo na boca da noite um gosto de sol Num domingo qualquer, qualquer hora Ventania em qualquer direção Sei que nada será como antes amanhã Que notícias me dão dos amigos? Que notícias me dão de você? Sei que nada será como está Amanhã ou depois de amanhã Resistindo na boca da noite um gosto de sol
4.
Por que se chamava moço Também se chamava estrada Viagem de ventania Nem lembra se olhou prá trás A primeiro passo asso asso ... Por que se chamavam homens Também se chamavam sonhos E sonhos não envelhecem Em meio a tantos gases lacrimogênios Ficam calmos calmos calmos... E basta contar compasso E basta contar consigo Que a chama não tem pavio De tudo se faz canção E o coração na curva de um rio rio rio rio... De tudo se faz canção E o coração na curva de um rio ... E o rio de asfalto e gente Entorna pelas ladeiras Entope o meio fio Esquina mais de um milhão Quero ver então a gente gente gente...
5.
Nunca pensei um dia chegar E te ouvir dizer: Não é por mal Mas vou te fazer chorar Hoje vou te fazer chorar Não tenho muito tempo Tenho medo de ser um só Tenho medo de ser só um Alguém pra se lembrar Alguém pra se lembrar Faz um tempo eu quis Fazer uma canção Pra você viver mais Faz um tempo que eu quis Fazer uma canção Pra você viver mais Deixei que tudo desaparecesse E perto do fim Não pude mais encontrar O amor ainda estava lá O amor ainda estava lá Faz um tempo eu quis Fazer uma canção Pra você viver mais
6.
7.
2013 03:29
Minha querida, 2013 foi um ano complicado pra todos nós Perdemos muito sem ganhar muita coisa Vimos pessoas que amamos serem levadas embora Mas a vida é feita de que afinal? O que ganhamos com cada ano que passa? Experiências e só? Há um ano eu lançava minha primeira mixtape. Foi um longo caminho de lá até aqui. Em julho, no meio das manifestações, eu senti uma leve brisa de liberdade no meu peito. O sol banhava de ouro as nossas cabeças antes das bombas atingirem a massa. Era como se por um momento ninguém tivesse dinheiro ou fosse empregado ou tivesse casa própria ou tivesse família ou qualquer resquício de qualquer questão social. Algumas pessoas podem falar que alguns estavam ali para reivindicar isso ou aquilo ou que outros estavam ali só pra pegar mulher. Mas o que eu senti dentro do meu coração ninguém pode levar embora. E eu aposto que eu não fui o único, eu não posso ter sido o único. Era como o anúncio de novos tempos para todos nós. Talvez um anúncio de que teríamos algumas dificuldades pra passar esse ano. Mas esse ano e esse tempo passou, como tudo, coisas boas e ruins, tudo passa. Feito o sonho com o corvo, feito o sonho com a caveira, feito o sonho com a liberdade Foi só mais um sonho que passou. Mas é importante lembrar desse sonho. Existiram momentos nesse ano em que eu me sentia tão sozinho e tão sofrido Com uma angústia envenenado que eu levava dentro de mim. Mas eu venci o sofrimento e você venceu também. E eu tenho certeza que quem tá te vendo lá de cima tá com muito orgulho de mim e de você. Você sabia que em algumas culturas, um ano como este significa simplesmente sofrimento por causa das maldades e dos pecados que cometemos em vidas passadas ou em nossa vida presente? Mas não aqui e não para mim. Um ano como este significa um novo começo. Precisamos lavar nossos pés para andar novamente, precisamos lavar nossas almas para amar novamente. O mundo é tão enorme que às vezes eu me sinto tão pequeno, tão pequeno, como se eu fosse um pequeno mecanismo de um grande relógio. Mas ninguém sabe que relógio é esse. O relógio do mundo. Se você para e pensa que não precisa de seguir o ritmo desse relógio, você pode simplesmente parar. Como se o relógio fosse a sociedade e a gente não precisasse de agir de acordo com as normas desse sistema injusto que nos massacra dia após dia. Mas eu acredito em outra coisa... Acredito que o relógio é um sistema inconcebível para nós humanos. O relógio do mundo funciona sem a gente saber com quem vai e nem pra onde vai. E quando a gente se sente bem e faz o que que quer quando quer, a gente ajuda a movimentar esse relógio gigantesco que faz as coisas seguirem pra frente. O tempo passa, a gente se sentindo bem ou mal, mas o mundo só se move de vez em quando, é ou não é? Cada um acredita no que quer na realidade. 2013 passou e com ele a notícia ruim. É meu aniversário de novo. Dessa vez, o segundo desde 1988 que eu passo longe de você. As pessoas vem e vão, já dizia o gênio. Mas eu digo, as memórias ficam pra sempre. Bem, pelo menos durante um bom tempo. Espero que você esteja se lembrando de mim porque eu sempre vou me lembrar de você. Que venha mais um ano para todos nós e com ele um novo começo e uma nova vida. Com muito amor, Vitor
8.
Mamãe 03:03
Eu me arrependo tanto Do dia em que parei De te chamar De Mamãe Desde aquele dia minha vida tem sido esse vai e vem, esse vai e vem, esse vai e vem E quando todas as mães da nossa rua Davam carrinhos caros pra mais tarde os seus filhinhos comprarem outros carrinhos Você me deu o que existe de mais precioso Você me deu o tempo, mamãe Pois um dia eu vou te dar orgulho Viajar por aí cantando pra todo mundo Como eu sei o que sou e como eu sou astuto Justamente por você ter me dado todo o tempo nesse mundo Você me deu esses amigos que até hoje carrego comigo Quando todo mundo a criticava por deixar a casa cheia de meninada Você não ligava mamãe E apesar do meu sorriso não ser um dos mais lindos Tudo que você queria era me ver sorrindo Mamãe Às vezes era difícil ficar só eu e você Contra todos, contro todos Mas isso me fez mais forte, mamãe Me desculpa por não ser atleticano Por não ter feito tantos planos Ter demorado 20 anos Pra escrever essa canção Dizendo que te amo tanto Mamãe
9.
Assim como ninguém explicou o início As ondas continuam a chegar na costa Tudo corre sempre em direção ao fim Os copos caem e as cidades se amontoam em nossas costas Amar o perdido deixa confundido este coração Ainda que os dias continuem a nascer Os ônibus andem, os outros durmam Meus pés tropeçam em suas pernas E eu calo a boca ao seu lado Nada pode o ouvido contra o sem sentido apelo do não E por que é que não estamos satisfeitos? Ou por que é que tentamos não estar simplesmente bem com o que é perfeito? E duvidamos de uma vida lúcida Depois de alguns cortes encontro vocês, meus amigos Que também são vidro, cortam e quebram Tudo por ter duvidado de que não seria assim tão trágico Mas bom E volto a sentir areia nos meus pés As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão Duvidei e talvez ainda duvide De que tudo isso tenha como acabar bem E de tantas outras coisas que hoje são tão bobas E talvez um dia eu ria de tanto duvidar De que a vida pode ser grande, com vocês Em geral a gente tenta não deixar manchas Nem gritar muito alto só pra manter a ordem das coisas A dor é muda e a rotina caminha lenta Acumulando concreto em nossos corpos Num gigantesco escombro que chamamos de casa Eu não me esforço pra lembrar Daquele dia em que nos reconhecemos Do amor que eu sinto pelo amor que você sente Por todas as coisas que não sou eu E por todos os ossos Esses anos passaram rápido E eu não pude notar o momento da despedida, pela segunda vez Talvez eu tivesse dito alguma coisa Talvez eu tivesse pedido desculpas Por não ter sido perfeita Mesmo sabendo que nunca estamos satisfeitos E por que é que não estamos satisfeitos? Ou por que é que tentamos não estar simplesmente bem com o que é perfeito? E duvidamos de uma vida lúcida Mesmo que visse pouco, eu te vi naquele bar Num dia em que nada fazia sentido e nem tinha valor Eu vi em você o amor ébrio e talvez alguma pena, Você me levou pra casa e abraçamos uma despedida Como quem dá adeus a um dia único Depois disso encarei o chão entorpecida e com vergonha da verdade Vi a areia suja em nossos pés A noite segue seca E assim como ninguém explicou o início Longe, as ondas continuam a chegar na costa Tudo corre sempre em direção ao fim Os copos continuam a cair E amar o perdido ainda deixa confundido este coração
10.
M 09:24
Hoje eu deixei a minha guitarra de lado, junto com a minha insegurança sobre tudo que sou eu. Nascido no dia 29 de dezembro de 1988, já vim ao mundo na hora errada. Mas desde então eu tive orgulho da minha data. Por muitos anos ela foi só minha. E eu até hoje divido ela com poucos que conheço. Todos da minha família esperavam uma mulher que chamaria Maria. Eu seria uma linda menina. Me pergunto se quando eu ouvisse Daniela Mercury, sendo Maria, como eu ia me sentir. O meu primeiro contato com a música talvez seria algo ainda mais forte. Algo que eu ia me lembrar por toda a vida. Daniela Mercury chegaria com sua força feminina e me mostraria quem eu queria ser quando crescer. Minha mãe me pôs na escola de piano com 3 anos de idade. Se eu fosse Maria, ela também ia me colocar. E durante toda a minha infância, eu dividiria minha atenção entre minhas amigas, a música e os desenhos que assistiria. Sim, eu seria uma pequena flor desengonçada, magra e frágil. Mas eu seria linda. Aos 6 anos de idade, num ponto em que eu fiquei com pena de uma garotinha feia e a convidei para ser meu par na formatura, porque ninguém se interessava por ela, eu seria aquela garota feia, e talvez não existiria um garotinho bonitinho com pena de mim, e eu acabaria dançando com o brutamontes horrível do 3º período. É estranho como nos lembramos de coisas tão pequenas e no entanto tão definidoras do caráter de cada um. Ao chegar no colégio primário, com todas as meninas odiando os meninos, eu escolheria o meu preferido, que não seria o preferido do resto das meninas, seria um garotinho que parecesse com meu personagem favorito do Carrossel ou Chiquititas, que eu assistiria na época. E carregaria aquele meu pequeno amorzinho durante um bom tempo. Minha infância ainda duraria ainda muito após o meu primeiro beijo, num garoto do bairro, sob pressão das amigas e dos amigos. É triste, mas possivelmente, eu não conheceria tantas pessoas igual eu conhecia quando garoto. Uma menina, filha única, seria colocada sob os olhares de toda a família, diferente de um menino, que como eu, pode crescer na rua e com uma casa cheia de amigos o tempo todo. Eu seria um pouco guardada, como uma flor, ainda a ser desabrochada. Talvez com 12 anos eu largasse as aulas de piano por ter conhecido o rock por bandas de punk do mundo e da minha pequena cidade. E, como eu não seria boa nem em dançar, nem em cantar, talvez eu traçasse o mesmo caminho que tracei nessa idade. Começaria a tocar baixo, nem pensando em entrar para uma banda, mas com a raridade que é uma garotinha tocando baixo, talvez eu entrasse para minha primeira e única banda. Pois eu não teria o incentivo que sempre tive para tocar música. As pessoas me olhariam com desrespeito, como se eu não conseguisse tocar ou como se eu fosse apenas mais uma garota numa banda, e o máximo que eu tocasse bem, não seria o suficiente para me fazer lutar e continuar num ambiente masculino e mais velho quase na sua totalidade. Minha família não deixaria eu sair com esses meninos também e, após 10 anos de piano e música na minha vida, talvez eu começasse a pensar em deixar de lado tudo que eu amei durante tanto tempo. O que foi uma infância repleta de amigos na minha casa, música, videogames e alegria, talvez seria muito mais solitária se eu fosse uma menina. Mas eu não seria triste, igual eu sou, eu acho. A minha natureza derrotista, como homem, não seria diferente como mulher, é claro. Eu desistiria de muitas coisas, por talvez nem saber que elas eram possíveis de serem feitas naquela idade. Tendo meu primeiro namoradinho com 14 anos, possivelmente quebraria com as minhas próprias derrotas e barreiras anteriores e me tornaria uma menina das chamadas revoltadas do colégio. Talvez nesse ponto eu conhecesse algumas das minhas amigas que tenho hoje no mundo real, mulheres inteligentes e fortes, que tiveram uma adolescência conturbada e difícil numa cidade igual Valadares, onde todo mundo tenta mandar na sua vida, e se você beija mais de dois homens você já é conhecida como vagabunda. Eu pintaria meu cabelo e ficaria conhecida como a drogada do colégio, assim como eu fui conhecido mesmo na vida real. Mas, infelizmente, não levaria para frente a minha vida musical, por ter deixado ela pra trás à tanto tempo. Perderia minha virgindade com meu primeiro namorado, talvez por não ligar tanto pra esses tabus de virgindade numa época em que começaria a me tornar uma intelectual. Todas as discussões que tive na adolescência seriam as mesmas como menina, provavelmente. Eu seria feia, magra, desengonçada, mas tão arrogante e com tantos ares de superioridade que acabaria atraindo olhares de homens por aí. Começaria a fumar e a beber, e pegaria vários caras depois do meu primeiro namorado. Ganhando o amor e o ódio das outras meninas. De maneira nenhuma, eu não teria essa parte destrutiva da minha personalidade que precisa de atenção e de amor e de ódio. Até que um dia me apaixonaria por um dos garotos do grupo dos roqueiros da cidade, e sentiria realmente o que era prazer e sexo. Minha primeira verdadeira paixão seria com esse rapaz arrogante, teimoso e esperto que me faria esquecer de quase todos os garotos que tive na cama e na vida. Eu me sentiria preenchida de verdade, de forma completa, no coração e no ventre. Com 17 anos eu finalmente desabrocharia. Chegando a época dos vestibulares eu abriria mão desse namorado, por posições opostas sobre tudo que é a vida. Mas minha paixão pelo mundo, pelo cinema, pela música e pelas artes em geral, me faria seguir em frente de forma tranquila com ares de maturidade. Eu provavelmente tentaria o vestibular de psicologia na UFMG, e passaria, mesmo que demorasse um ano a mais. Pensaria em talvez começar a escrever e quem sabe um dia, virar uma escritora. Conhecendo o novo mundo e a linda Belo Horizonte, teria minha primeira experiência homossexual com uma das garotas do curso, como é natural. Agora, mais bonita e dona de mim mesma, atrairia atenções por minha personalidade forte e minha misteriosa e atraente transparência. Minha vida não seria mais tão solitária. A imagem que eu, Vitor, criei durante tanto tempo, talvez seria a mesma como Maria. Aqui em Belo Horizonte, depois de namorar com uma menina, eu encontraria uma estranha versão de mim mesmo, chamada Vitor. Hahaha! Eu teria nascido aqui mesmo, e seria de uma família rica, mas honesta e seria um dos seres humanos mais inteligentes que já conheci em vida. Vitor seria o homem mais parecido comigo e talvez por isso mesmo não daria certo. Eu veria as minhas qualidades e defeitos nele, como num espelho, e tudo que no início me trazia amor e carinho, no fim das contas me traria frio e tristeza. E eu acabaria aqui, no mesmo lugar que estou, escrevendo esse texto, sobre como eu seria diferente se tivesse nascido um homem. Talvez eu lançaria esse texto como o meu primeiro texto como escritora. Apesar de tudo, meu destino não seria diferente, aqui em Belo Horizonte eu finalmente conheceria todos os amigos que hoje carrego comigo. E eu os uniria, como hoje em dia eu os uno. Minha missão nessa terra tem sido unir as pessoas, isso pode parecer bobagem, mas hoje em dia eu sinto que é verdade. Tanto com minha música, quanto com minhas amizades, quanto com meus amores. Na minha adolescência eu me transformei numa espécie de líder, sem querer ser um líder, e até hoje carrego essa cruz que é a minha maior vitória. Uma menina criada por mulheres num mundo de homens seria muito diferente do que eu sou, um menino criado por mulheres num mundo de homens. O mundo me faria demorar mais pra ver o líder que existe em mim mesmo. Mas eu venceria. Como eu venci aqui. De alguma forma, no final das contas, eu consegui me livrar de todas as pernas que me ajudaram a me erguer, mas que me seguravam no chão até agora. Minha mãe, minha Minas Gerais e minhas mulheres. Chegou a hora de me livrar do M maíusculo que me guiou até aqui, para me reerguer com minhas próprias pernas, voar e viver.

about

Essa mixtape é dedicada a todas as pessoas amadas que perdemos nesse ano complicado. Em especial à mãe do Jonathan, a avó da Paola, o pai da Tereza e a avó da Luisa.

Agradecimentos especiais à Marcus Vinícius Evaristo, é uma pena que não deu pra fazer a nossa versão de "Te Ver" do Skank :(, mas foi por falta de tempo. Agradecimentos também à Suzanne Horta, Pedro Vieira, Mailton Oliveira e Henrique de Morais.

credits

released December 19, 2013

P.S.: O motivo pra esse disco não estar nas plataformas de stream é por causa dos copyrights das samples.

license

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Vitor Brauer Governador Valadares, Brazil

Um mineiro de Governador Valadares que é compositor, produtor, membro das bandas Desgraça, Ginge, Lencinho, Lupe de Lupe, Tristeza Não Tem Fim e Xóõ, e criador e integrante do movimento Geração Perdida de Minas Gerais.

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