1. |
||||
(...)e eu já sei qual é o fim...
você se transforma
em uma velha inconveniência
Quanto tempo pra burlar
os meus princípios?
Sempre vai ter um desconforto
e a frustração
é que tudo é uma invenção
E se for pra te acertar
vai ver que eu não arrisco essas canções
nenhum refrão vai conseguir te consumir
É fácil forçar
É fácil forjar
É fácil te amar
|
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2. |
Breu (Baleia Cover)
03:57
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Pessoas são degustação devagar
Os corações sob pressão de uma invasão
De alguém que possa enxergar
Desatar o nó
E o mundo inteiro ruir
Pessoas são degustação devagar
E quanto elas pesam ao deitar
Se tudo fosse um pouco mais devagar
Um ponto azul, quebrando o vão, sem intenção
E se eu puder enxergar
O que é meu
No breu
E num estalo acordar
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3. |
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Jogado o coitado no porão
Mantém-se firme, mas então
Esperança e cada boa intenção
Soterradas pela escuridão
Por botas, pela escuridão
Com os animais jogado no canil
Tentando ser mais forte que o
Feroz latido e o rosnado vil
E o cheiro cruento do canil
O bafo de sangue do canil
Como podem as grades do canil
Apagar aquele que ali caiu
Torná-lo espelho do lugar hostil
Como podem as grades do canil
|
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4. |
||||
Você não sabe quantas horas eu passei olhando pra você
Achando que eu era um cara de muita sorte
Eu não mais encarava
Por sempre saber que perder
Era sentença certa de morte
Você não sabe que eu enganava
Meu ego até perceber
Que nas rasuras de um milagre
Era só eu e você
E ver um dia essa sombra
Que eu costumava ser
Você não sabe quantas horas eu passei olhando pra você
Achando que eu era um cara de muita sorte
|
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5. |
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Observar mariposas tostando
Em lâmpadas incandescentes de 80 watts
Não dá pra se orgulhar
Mas pelo menos proporcionam diversão
Quando não há nada na geladeira
Terça-feira é um bom dia pra fazer compras
Não me interrompa
Recalcular os futuros lançamentos
A debitar na conta corrente — o titular:
Não dá pra se orgulhar
Mas pelo menos deve sobrar cinquentão
Quando não há nada na geladeira
Terça-feira é um bom dia pra fazer compras
Não me interrompa
|
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6. |
Cuerdo (Boogarins Cover)
05:00
|
|||
Sem lugar
Nem pra ficar ou parar ir
Tem, mas não tem
Parece que eu não sou daqui
Parece que eu não sou daqui
E é difícil de explicar, mas de entender
(Eu não sei se é bem assim)
E é difícil de escutar, mas de dizer
(Não sei se é sempre assim)
E é difícil de explicar, mas de entender
(Não sei se é mesmo assim)
E é difícil de escutar, mas de dizer
(Não sei se é sempre assim)
E é difícil de escutar
Mas de dizer
|
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7. |
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We overlook and dive
Before we even try
You gotta let it burn
I reckon you are right
We fuck in the meantime
We stumble into love
This drug intensify
The ripple of your heart
We're craving to forget
Those groundless fights we had
Ignorance from our past
I reckon we were high
Explosions in the sky
Organic chemicals
Impressive noise around
The feedback comes to life
You know i'm here for a ride
We are always driving in circles
You know i'm here for a ride
This road is neverending
Control is out of sight
We overlook and dive
Before we even try
You gotta let it burn
I reckon you are right
We fuck in the meantime
We stumble into love
Impressive noise around
The feedback comes to life
You know i'm here for a ride
We are always driving in circles
You know i'm here for a ride
This road is neverending
Control is out of sight
I'm awake for you
Gimme something true
Get away for you
If you don't wanna try
I'm gonna ask for more
I see the otherside
Until we find the door
We're allowed to take it round and round again
You know i'm here for a ride
We are always driving in circles
You know i'm here for a ride
This road is neverending
|
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8. |
||||
Não queria ter que te explicar
Você nunca iria entender
Tudo que eu tenho pra falar é que
Eu quero morrer
Eu quero morrer
Foi uma decisão difícil
E levou anos para susceder
Pois é um custo benefício
E agora eu quero morrer
Eu quero morrer
Se logo a consciência e a bíblia
Não tinham nada a me dizer
E eu disse chega de mentiras
Eu quero morrer
Eu quero morrer
Vamos abandonar o planeta
Nós não temos nada a perder
O que temos logo se perderá
Chega do que não podemos ter
Eu quero morrer
Eu quero morrer
Eu quero morrer
Eu quero morrer
Não sei se eu consigo me matar
É preciso coragem pra fazê-lo
E se eu me acorvardar é porque eu sei que sempre
Vai dar no mesmo
Eu quero morrer
Eu quero morrer
Mas não sei se dessa vez posso aguentar
Uma tristeza profunda se abateu
E se ela me arrebatar fale com todos
Que este é meu adeus
E que eu quero morrer
Eu quero morrer
Vamos abandonar o planeta
Este já não tem mais nada a ver
Vamos viajar pelo universo
E ver o que vai acontecer
Eu quero morrer
Eu quero morrer
Eu quero morrer
Eu quero morrer
Eu quero morrer
Eu quero morrer
Eu quero morrer
Eu quero morrer
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9. |
Pernas (Ventre Cover)
06:03
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|||
Aposto que você nem lembra que naquela noite
Meu olhar era seu
Acho que não sabe tudo, tudo o que perdeu
E quando você se tocar
E o cheiro na cama, as marcas de unhas em mim
Os gemidos escondidos
Memórias criadas do que não fizemos
E quando você se tocar
Deixa escorrer pelas pernas
E se perder pelo caminho
Deixa escorrer pelas pernas
E se perder pelo caminho
Deixa escorrer
E o que está na cabeça pela ponta dos dedos vai sair
E libertar o que você deseja, o que você espera, tá aí
O gozo vai vir
O medo sair
E o sono bater
|
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10. |
Angústia (Nvblado Cover)
06:10
|
|||
Abre teus olhos e veja o que resta de mim
Coração gelado, corpo morto.
O que eu mais faço da minha vida,
praticamente todos os dias, é construir
castelos feitos de nuvens dentro de mim.
São lindos, são plenos, porém são frágeis
como o que representam.
Eu já cansei de olhar pra trás e não ver mais
nada. Hoje me arrasto numa caminhada
lenta e incerta.
Não sei da onde vem a coragem pra fingir
força de vontade.
Só como o sol, é isso que sou.
E é como o sol que arrasto, enfrentando
todos os dias. E é como o sol que brilho, pra
ninguém enxergar meus olhos.
Dói, isso dói, como o carinho de suas mãos
geladas. Isso me destrói. Estou reduzido ao
nada.
|
||||
11. |
Dark Star (Loomer Cover)
04:19
|
|||
There's no smart lives
Near here, neither mine
I’m late to get out
Comfortable hideout
One breathe, a last sigh
I won’t believe, i cannot find
I'm still here, I still mind
Yeah, I do mind
I'm stuck inside daydreams again
Sometimes... it’s just too hard
Keep calm... dark star
Halfway from nowhere
Halfway to somewhere
Two ways to choose
turned on your side
In a halfway from nowhere
Halfway to somewhere
No tricks, no rules
keep it out of my sight?
I'm stuck inside your dreams again
No room, no way out
Be cruel, my Dark Star
(Who am I, Who am I)
Yeah, all right
We’re not going to be... we're not going to defy
We’re not going to define
We’re not going to decide
One breathe, a last sigh
I won’t believe, i cannot find
I'm still here, I still mind
I do mind
|
||||
12. |
||||
Teve aquela vez na frente do El Lugar
Seu irmão não parava de falar
"Sou incapaz, o tédio dói
e o que que eu vou fazer?"
Veste a blusa preta canta gutural
Vê se sai de si, estilo animal
Cabeça de gelo é um pouco demais
E o que é que tem?
(A Águia)
Metal transcendental
Chove sangue sobre as ruas
Transcenda o comum
Prove qualquer coisa
|
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13. |
||||
Sim,
Estela irá murmurar paixões e lamentos.
Ah!
Desejo de, qual sereia, trazê-lo de volta.
De volta,
de volta.
Volta...
E eu saberei pelos recifes
de sua espera,
da sina
das pedras,
de seus abraços de pedra.
Mas nada,
tempo sem volta.
História sem volta.
E assim,
sozinho,
deixo a embarcação dissolver,
distante de qualquer encanto.
Distante de seu canto.
E você, perplexa,
irá mirar
o horizonte
e se perguntar:
“Onde?”
|
||||
14. |
||||
Ei
Como vai?
Tudo bem, acredito
O dia passa bem assim
Dia vai, dia vem
Não duvido
E tudo que vier faz parte
Olá
Como tá?
Tudo bem, acredito
O dia passa bem aqui
Dia vai, dia vem
Eu não ligo
E a vida segue sem alarde
Faz um tempo eu não sei o que é saudade
|
||||
15. |
||||
Você diz que não sabe
De todo o amor
Que guardei contigo
No seu cobertor
Você diz que não sabe
De todo o amor
Que guardei contigo
No seu cobertor
Naquele dia em que a gente se acertou
Naquele dia em que a gente se enroscou
Se tu quer me dar notícias ruins
Por favor me poupe desse jeito doce
De dizer que não tá mais afim
Sou pó n'um vento que vai muito além daqui
E é só o tempo que desfaz a dor do peito
Mas quando a gente se ver
Vai faltar ar
E quando a gente se tocar
Eu sei, vai faiscar
|
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16. |
||||
Aqui vamos nós, andando e tropeçando
Procurando algo pra comemorar
Sempre um tanto embriagados
Mas mesmo assim de bar em bar
1,2,3, conto e a calma vem
Paciência nunca vai matar
Andando e tropeçando, andando e tropeçando
Sem a obrigação de chegar lá
Assim não é possível, vocês choram demais
Muito tempo lamentando, nunca a todo gás
Muito tempo reclamando, muito tempo lamentando
Até andando e tropeçando se consegue mais
Se esse pessimismo sempre te convém
Se é assim que você pensa, então tá tudo bem
E sem saber por que
Eu conto 1,2,3/1,2,3/1,2,3 e vou, talvez
|
||||
17. |
||||
Há algo de errado
Eu vi o seu horário
Está tudo embaralhado
E não é fácil, eu sei
Colocar tudo em ordem
Vai te exigir esforço
Perder uma das suas baladinhas
Só pra dormir e chegar no tempo certo
É só uma forma de tentar se reencontrar
Mas isso pra você não vale nada
Vamos nos compromissar
Ah, vamos nos compromissar
Hoje acordou bem mais disposto
Tente mudar
Tente apenas umas vezes
E vai ver que não há nada de tão mal assim
Não há nada de tão mal assim
Tente mudar
Tente mudar
Vamos nos compromissar
Ah, vamos nos compromissar
|
||||
18. |
||||
Hoje eu peguei no meu diploma
E deixei a minha banda
Eu preciso ir embora agora
Vou pro Ceará, BH ou pro Pará
O que importa é ir embora agora
O que importa é ficar longe de ti
E dos amigos que eu já perdi
É a rasteira do tempo bateu em mim
É a rasteira do tempo bateu em mim
Eu fui levado pra perto do Cais
De costas pra cidade, com as luzes pra trás
Essa cidade é como água do mar
Com um tempo coça e incomoda
Com um tempo coça e incomoda
As vezes dói que só
Morar em Maceió
Fazendo bares de lares
As vezes dói que só
Morar em Maceió
E destruir comunidades
O que é que eu vou fazer?
Eu escolhi viver, e sofrer e morrer em Maceió
|
||||
19. |
||||
Luz de bem está chegando
A luz... chegando
Luz de bem está chegando
A luz... chegando!
Caras tortas não vão mais fingir
Mundo novo para repartir
Noite longa logo deve terminar
Com luz de bem
Anis, meu bem
Com luz azul
Caras tortas não vão mais fingir
Mundo novo para repartir
Noite longa logo deve terminar
Com luz de bem está chegando
Anis, meu bem, está chegando
Azul
Azul
|
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20. |
||||
Enquanto nós andarmos entre pessoas
Que não estão interessadas em saber
O que temos pra dizer e observam estagnadas suas vidas
Escorrerem entre os dedos pelos ponteiros do relógio;
Enquanto estivermos em companhia
Daqueles que não fazem a mínima questão de respeitar
As placas de pare ou as que dizem "não acenda seu cigarro aqui,
Por favor";
E ainda, em sinal de descrença em sua própria força
Rogam aos céus todas as noites por uma vida melhor,
Mas não conhecem o significado do botão de "desligar"
Da televisão
Tão longo for o tempo que perdermos apontando dedos
E julgando seres tão diferentemente de nós
E esquecermos de olhar para as nossas pernas
E sob elas o chão que correr ainda for o mesmo
Nenhum discurso ou ideia se fará completamente
Verdadeiro.
A armadilha está na raiz de qualquer
Pensamento.
Devemos convencer pelo exemplo em nossas atitudes e não
Pela imposição
Havemos de nos proteger
Havemos de nos espalhar
Havemos de lhes fazer despertar
|
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21. |
||||
Me faz fazer questão
De ser ainda bem
Pra onde eu devo ir
De onde eu vou gostar
De quem eu vou gostar
Os filmes vão lembrar
Que apesar das curvas
Ainda estamos sós
Nós
Não sei porque
Ficamos sós
|
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22. |
||||
I don't need no one to tell me
I solve my sorrows with an opened bottle
I don't need no god to save me
Anyone who knows
Anything knows
'Cause all I need comes from the hand that feeds
I mend my wounds with the arms that sooth
'Cause I am the son of a loving mother
I don't need no one to kiss me
No one to tell me how much they've truly missed me
No girl, no boy
No, nothing cuts me anymore, man
'Cause all I need comes from the hand that feeds
I mend my wounds with the arms that sooth
'Cause I am the son
I am the son
|
||||
23. |
||||
A continuação do rascunho.
Descanso falso, ela se encaixa, em altos brados, como sempre, amor senil.
Enquanto a olho, ela devora a minha alma, e eu, permito.
E toda essa palidez.
É só palidez, é só palidez.
Pálido.
Pálido.
Pálido, assim sou eu! Quanto a você?
|
||||
24. |
||||
Desde pequeño yo preguntaba si puedo ser quien quiera, ¡no se puede!
Iban diciendo, siguen diciendo... vivir de la guitarra, ¡no se puede!
Nos lo dudaron, nos contestaron... vivir sin ser esclavo, ¡no se puede!
Nos derrumbaron, nos lo gritaron... vivir de pelo largo, ¡no se puede!
Caminhando com minha guitarra, somos as fronteiras que cruzei
A cada passo andado sou o caminho que me é dado
Pra sempre cantarei!
Y cuando veo que yo me visto como quiera
Y cuando veo que yo vivo a mi manera
Respeto lo que escuchaba por la escuela, ¡no se puede!
Pero que cosa, uso mi voz pa’ enfrentarle a los que acosan, ¡no se puede!
Santiago, Barón, Ushuaia y Hamburgo son puntas distintas de un mismo nudo y abren las puertas para un desayuno a un brasileño que anda sin rumbo
Y vamos tumbando las puertas que cierran, vamos sacando el 'no' de 'se puede'. Cada paso firme construye un nuevo andar, ay mamá!
Mira bien a tu alrededor, a lo lindo que es la vida y dime si tu piensas que tu mundo es el único entre la tierra y el sol
Pues que canten todos conmigo, que sepan lo que no olvido.
Hagamos más ruído, ¡si se puede!
Caminhando com minha guitarra, somos as fronteiras que cruzei
A cada passo andado sou o caminho que me é dado
Pra sempre cantarei...
Caminhando com minha guitarra sinto os passos vindos do meu peito
A cada passo andado, sou o carinho que me é dado
Pra sempre cantarei!
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||||
25. |
... (Gorilla Grip Cover)
03:41
|
|||
Quem dera eu tivesse um filtro
Que me limpasse o rosto
E não só de desgosto
Preenche tuas mãos
Às vezes frias
Contempla os dias
Esquece das dores
Das vidas sem cores
Desliga a televisão
Deixa a imensidão entrar
Na janela do eterno filtro
|
||||
26. |
||||
Voltem com seus barcos para o cais
Previsão do tempo: tempestades sinistras e temporais
Porém, vai em frente e faz o que tu queres
É tudo da lei, eu sei, navego há trinta e dois natais
E não só por isso os tratamentos medicinais
Legais ou ilegais, químicos ou naturais
Realize and legalize, suas táticas desleais
Que mantêm o gado no pasto e os burros nos currais
Black Alien in a Rub-a-dub Style
Raggamuffin' Samurai contra os demônios imorais, vai!
Ah! O seu time campeão, sua escola na avenida
Irmãs e irmãos, talvez numa segunda vinda
O povo não estará ao Deus-dará
Devil wants to take control
Government is a murderer
Only you can sell your soul now
Nada escapa Àquele que tudo sabe, que tudo vê
Ele criou tudo, inclusive o mundo, eu e você
Nós criamos a sigla: IRA, ETA, CIA
ONU, OTAN, FBI, D-20, HIV
Bin Laden e Al-Qaeda, George Bush cai da escada
Um alô pra cada moleque da quebrada
Senhora na janela do barraco na favela
Atrás da minha casa, cada chicano de lowrider
No país da carteirada, juízes ladrões
Raízes e tradições, Rasta não trabalha pra sua raça
Ah! O seu time campeão, sua escola na avenida
Irmãs e irmãos, talvez numa segunda vinda
O povo não estará ao Deus-dará
Devil wants to take control
Government is a murderer
Only you can sell your soul now
Repensar nossos valores é o que nos resta
Pra aliviar as dores, se embriaga numa festa
Recorre aos pastores, o explorador da fé que infesta
Em nome do Senhor dos Senhores de forma desonesta
Falam em nome do Leão Conquistador
Da tribo de Judah e roubam Robert Nesta
A morte vive, a vida morre, bicho pega se tu corre
Nada disso pra mim presta, o que de bom 'cê leva desta?
Dois mil e quatro babilônia cai, cai
O retorno é de Jedi
Bum bidi, bye, bye, bye
Ah! O seu time campeão, sua escola na avenida
Irmãs e irmãos, talvez numa segunda vinda
O povo não estará ao Deus-dará
Devil wants to take control
Government is a murderer
Only you can sell your soul now
|
||||
27. |
||||
A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade
Perdida
Finda a tempestade
O sol nascerá
Finda esta saudade
Hei de ter outro alguém para amar
A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade
Perdida
|
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28. |
||||
Eu não acho mais graça nenhuma nesse ruído constante
que fazem as falas das pessoas falando, cochichando e reclamando,
que eles querem mesmo é reclamar,
como uma risada na minha orelha, ou como uma abelha, ou qualquer outra coisa pentelha,
sobre as vidas alheias, ou como elas são feias,
ou como estão cheias de tanto esconderem segredos
que todo mundo já sabe, ou se não sabe desconfia.
Eu não vou mais ficar ouvindo distraido eles falarem deles e do que eles fariam se fosse com eles
e o que eles não fazem de jeito nenhum, como se interessasse a qualquer um.
Eles são: As pessoas. As pessoas todas, fora os mudos.
Se eles querem falar de mim, de nós, de nós dois,
falem longe da minha janela, por favor, se for para falar do meu amor.
Eu agora só escuto rádio, vitrola, gravador.
Campainha, telefone, secretária eletrônica eu não ouço nunca mais, pelo menos por enquanto.
Quem quiser papo comigo tem que calar a boca enquanto eu fecho o bico.
E estamos conversados.
|
||||
29. |
||||
Essa menina mulher da pele preta,
Dos olhos azuis, do sorriso branco
Não está me deixando dormir sossegado.
Será que ela não sabe que eu fico acordado.
Pensando nela todo dia, toda hora
Passando pela minha janela todo dia, toda hora
Sabendo que eu fico a olhar
com malícia.
A sua pele preta
com malícia.
Seus olhos azuis
com malícia
Seu sorriso branco
com malícia.
Seu corpo todo enfim,
com malícia.
Com malícia...
Será que quando, eu fico acordado
Pensando nela, ela pensa um pouco em mim?
Um pouco em mim
Com malícia.
Um pouco em mim
Com malícia.
Um...pouco em mim.
Com malícia.
Essa menina mulher...
Da pele preta
Não está me deixando...
Dormir sossegado.
Será que ela não, não, não
Pensa um pouco em mim, pensa.
Com malícia, com malícia.
Pouco em mim, Pouco em mim
Pouco em mim, Pouco em mim.
Com malícia, com malícia
Um pou pou pou pou pouco em mim
pouco em mim.
Com malícia.
Com malícia.
Essa menina mulher...
Da pele preta
Da pele preta
Do sorriso branco,
Dos olhos azuis
Não está deixando me...
Dormir sossegado...
|
||||
30. |
||||
Para, escuta
Continuamos na luta
Para, escuta
Continuamos na luta
A chapa esquentou, o meu sangue ferveu
Vivia num mundo triste que não era o meu
Saí do casulo, borboleta virei
Na linha do arco-íris sobrevoei
Num mundo colorido, purpurinado, aterrisei
Muito feliz eu fiquei
Aceita, aceita, aceita
Quem é inteligente não rejeita
Quem é inteligente não rejeita
Eu não sou fora da lei
Eu não matei, eu não roubei
Falso testemunho eu não jurei
Dane-se o preconceito
A burra discriminação
Eu luto pelos meus direitos
Doa a quem doer
Eu não pedi pra nascer
Para, escuta
Continuamos na luta
A chapa esquentou, o meu sangue ferveu
Vivia num mundo triste que não era o meu
Saí do casulo, borboleta virei
Na linha do arco-íris sobrevoei
Num mundo colorido, purpurinado, aterrisei
Muito feliz eu fiquei
Aceita, aceita, aceita
Quem é inteligente não rejeita
Quem é inteligente não rejeita
Eu não sou fora da lei
Eu não matei, eu não roubei
Falso testemunho eu não jurei
Dane-se o preconceito
A burra discriminação
Eu luto pelos meus direitos
Doa a quem doer
Eu não pedi pra nascer
|
||||
31. |
Arise (Sepultura Cover)
02:50
|
|||
Obscured by the Sun
Apocalyptic clash
Cities fall in ruin
Why must we die?
Obliteration of mankind
Under a pale grey sky
We shall arise
I did nothing, saw nothing
Terrorist confrontation
Waiting for the end
Wartime conspiracy
I see the world, old
I see the world, dead
Victims of war, seeking some salvation
Last wish, fatality
I've no land, I'm from nowhere
Ashes to ashes, dust to dust
Face the enemy
Manic thoughts
Religious intervention
Problems remain
Obliteration of mankind
Under a pale grey sky
We shall arise
|
||||
32. |
Bonita (Raimundos Cover)
03:04
|
|||
Pra que deixar de fora
Se lá dentro é que tá quente
Quando encontrar com ela
Vou deixar marca do dente
Vou voltar pra ver o filme da metade
Isso passa todo dia bem em frente
Pode sentar no colo
Que aqui ninguém vê a gente
De olho fechado eu mordo forte ela nem sente
Que raiva do avião que te levou daqui
Ela me disse: é tarde e mertiolate arde que só
O cheiro me faz dormir - sempre
Sem você na cidade tudo que tem lá também sumiu
Diz que horas são, que eu vou dormir
Linda, tudo que eu vejo é verde
Menina gente grande é a minha mão
Ninar você na minha rede
Pra gente se encontrar num sonho bom
De olho fechado eu mordo forte ela nem sente
De volta no avião eu vou subir
Ela me disse: é tarde e quando voltar vai ser melhor
A gente nem vai dormir - nunca
De volta na cidade eu vou acelerando a mais de mil
Diz que horas são, que eu vou subir
|
||||
33. |
||||
Quando não tinha nada, eu quis
Quando tudo era ausência, esperei
Quando tive frio, tremi
Quando tive coragem, liguei
Quando chegou carta, abri
Quando ouvi Prince, dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei
Quando me chamou, eu vim
Quando dei por mim, tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei
Amarazáia zoê, záia, záia
A hin hingá do hanhan
Ohhh!
Amarazáia zoê, záia, záia
A hin hingá do hanhan
Quando não tinha nada, eu quis
Quando tudo era ausência, esperei
Quando tive frio, tremi
Quando tive coragem, liguei
Quando chegou carta, abri
Quando ouvi Salif Keita, dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei
Quando me chamou, eu vim
Quando dei por mim, tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei
Amarazáia zoê, záia, záia
A hin hingá do hanhan
Ohhhhh!
Amarazáia zoê, záia, záia
A hin hingá do hanhan
Quando me chamou, eu vim
Quando dei por mim, tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei
Amarazáia zoê, záia, záia
A hin hingá do hanhan
Ohhhhh!
Amarazáia zoê, záia, záia
A hin hingá do hanhan
Ohhhhh!
Amarazáia zoê, záia, záia
|
||||
34. |
||||
When I arrived in New York
The immigration officer asked me
Where have you been Mr. Bim
Where have you been, Joe
You've been abroad for too long Mr. Bim
Haven't you been?
I got to the Hotel exhausted to my room
Having to attend a cocktail
Late that afternoon
And there my boss Nesuhi
An old friend of Jobim's said:
May introduce you to Gloria?
By all means
Buy all jeans
I've never been in Paris for the summer
I've never drank a Scotch with this bouquet
My life is such a mess let's have a Brahma
I'm happy that you called,
I really feel touché
Oh, it's been a long, a very long time
Since a Brazilian has been in Paris com você
You look so cute there wearing my pajamas
You look so sexy with my pince-nez
Let's hijack this Concord to the Bahamas
Come on dress up my love
Let's go to the ballet
Oh, it's been a long, a very long time
Since a Brazilian has danced with you
Le pas-de-deux
|
||||
35. |
||||
Pelo pouco que eu conheço a vida
Eu não posso me queixar
Quem de todo e qualquer ataque se esquiva
Não pode se queixar
Porém, aqui eu confesso
Janeiro continua sendo o pior dos meses
Quando eu estiver desprevenido
Volta e acaba comigo
Lembra como você era boa nisso?
Foi tudo um ledo engano, ela tem novos planos
Irreconhecivelmente otimista
Eu, preso no mesmo lugar
Milhões de cortes pra estancar
Regando flores mortas, beijando fotos
Ninguém pode me culpar
Quando eu estiver desprevenido
Volta e acaba comigo
Lembra como você era boa nisso?
Foi tudo um ledo engano, ela tem novos planos
Irreconhecivelmente otimista
|
||||
36. |
||||
Em vez de você ficar pensando nele
Em vez de você viver chorando por ele
Pense em mim, chore por mim
Liga pra mim, não, não liga pra ele
Pra ele! Não chore por ele!
Se lembre que eu há muito tempo te amo
Te amo! Te amo!
Quero fazer você feliz
Vamos pegar o primeiro avião
Com destino à felicidade
A felicidade pra mim é você
Pense em mim, chore por mim
Liga pra mim, não, não liga pra ele
Pra ele! Não chore por ele!
Pense em mim, chore por mim
Liga pra mim, não, não liga pra ele
Pra ele! Não chore por ele!
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37. |
Céu (Ná Ozzetti Cover)
04:54
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Escolher, separar
Que bagagem vou levar
Levo o cobertor
Vai fazer frio ou então será que vai fazer
Amor
Quem me avisa a hora de partir
Se dá pra ir
Se devo ir
Posso ir
Este céu que pintou
É do campo ou litoral
Fica logo ali
Ou então meu Deus essa viagem é espacial
Não sei nem a chance de voltar
Mas quero ir
Me deixa ir
Com você
Tiara de estrelas posso
Vê-la na constelação
Desse olhar infindo
Vou molhar meus lábios neste azul
Vou me banhar
Num rio clarinho, cristais
Seus olhos
Luminosas lâminas, minas, luminosas lâminas
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38. |
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Quando olhei a terra ardendo
Igual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Depois eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Depois eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
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39. |
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Blame your damaged brain
Feeling small when
(It) discover why are we here for
When you unfold your eyes
The light makes you blind as it gets too bright
Trying to analyze
The reasons behind the bloodshed around
It feels like
I cant even see my reflection
When it arrive
I won’t even feel my own traction
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40. |
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Um bom computador e um carro veloz
Pra me manter
Distante de mim
No amplo progresso entre zero e um
Esconder em você meus erros
Pensar sim, dizer o não
Quanto mais perto mais distante do que sou
Vou mentir
Exagerar
Essa verdade já não tem tanto valor
Deletar
O que realmente sinto e posso acreditar
Programar
Uma nova linguaguem em que possa me adequar
Sem cores decadentes
Sem nenhum arranhão
Um brilho nos dentes
E um vazio no ar
E não há mais retorno com o que vai acontecer
Já foi tudo planejado inexorável proteção
Eu sei que você aceita como eu já aceitei
Mais um anúncio em nosso caos
Deletar
O que realmente sinto e posso acreditar
Programar
Uma nova linguaguem em que possa me adequar
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41. |
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As maçãs envolvem os corpos nus
Nesse rio que corre em veias mansas, dentro de mim
Anjos e Arcanjos não pousam neste Édem infernal
E a flecha do selvagem matou mil aves no ar
Quieta, a serpente se enrola nos seus pés
É Lúcifer da floresta que tenta me abraçar
Vem amor, que um paraíso num abraço amigo,
sorrirá pra nós, sem ninguém nos ver
Prometo abrir meu amor macio, como uma flor cheia de mel
pra te embriagar, sem ninguém nos ver
Tragam uvas negras
Tragam festas e flores
Tragam corpos e dores
Tragam incensos e odores
Mas tragam Lúcifer pra mim
Em uma bandeja pra mim.
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42. |
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Desloca e se encaixa
As cores mistura
As alegres e as puras
Girando em torno de si confundem e trocam os lados
Complicados divertem
Testando a paciência pra ciência
Do viver ficar mais leve
Alguns se solucionam com dificuldade
Outros de forma breve
Mas sempre um desafio se envolve
Até que tudo se resolve
Tudo ao redor se dissolve
Realidade escorre pela vida afora
Enquanto a gente tenta alinhar todas as faces
Ao mesmo tempo agora
E com todo colorido
Luz, beleza e invertendo o trágico
Nas mãos de Deus
Eu me sinto um cubo mágico
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43. |
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Computadores fazem arte
Artistas fazem dinheiro
Cientistas criam o novo
Artistas pegam carona
Pesquisadores avançam
Artistas levam a fama
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44. |
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Pobre meu pai
Quatro punhos espalhados no ar
Oito olhos vigiando o quintal
E o meu coração de vidro
Se quebrou
Doido meu pai
Sete bocas mastigando o jantar
Sete loucos entre o bem e o mal
E o meu coração de vidro
Não parou de andar
Pobre meu pai
A marca no meu rosto
É do seu beijo fatal
O que eu levo no bolso
Você não sabe mais
E eu posso dormir tranqüilo
Amanhã, quem sabe?
Hoje, meu pai
Não é uma questão de ordem ou de moral
Eu sei que posso até brincar
O meu carnaval
Mas meu coração é outro
Simples, meu pai
Faça um samba enquanto o bicho não vem
Saia um pouco, ligue o rádio, meu bem
Não ligue, que a morte é certa
Não chore, que a morte é certa
Não brigue, que a morte é certa
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45. |
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Playsom, playsom
Já ouviu é dejavú
Russo passa pusso
Agradecer merci bocu
Playsom, playback
Já ouviu aperta o rec
Amassa pagodão
Que gruda mais que chi(clete)
Que corta mais que gi(lete)
Então escute pi(vete)
Hoje não tem cani(vete)
É serpentina e con(fete)
Playsom, playsom
Já ouviu é dejavú
Russo passa pusso
Agradecer merci beaucoup
Ela não é piriguete
Não fica de frete
Não é marionete
Tem que ter amor na mãnha
Tem que ter oh mon amour
Seja onde for na mãnha
Se não for apanha
Há mais de mil decibéis
Virado numa goteira
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46. |
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Quero uma festa que não tenha Stones
Gosto muito deles, mas quero os Ramones
Quero uma festa que não tenha Beatles
Se é pra recordar prefiro Sex Pistols
Quero uma festa punk
Quero uma festa em que eu possa dançar
Clash, Undertones e GBH
Exploited no banheiro, Discharge na cozinha
Conflict na escada e Vibrators no sofá
Quero uma festa com os Kennedys
Eles é que sabem o que é hardcore
Depois pra esfriar, pra afastar os junkies
Poguear um monte ouvindo Circle Jerks .
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47. |
Dinovo (Caxabaxa Cover)
04:12
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Será que ainda somos iguais?
O tempo passa e eu ainda vou atrás
Do que?
Sei lá, eu ia perguntar se você sabe
Maracujá, morango, hortelã
De que importa se é azedo igual
Chiclé mascado, endurecido
O tempo mostra o amigo
A vida continua e eu não tenho mais espaço pra você acontecer dinovo
Foi seu aniversário e eu não fui só pra poder falar que eu te dei um bolo
Dinovo, me fez de tolo, dinovo, foi tanto enrosco
Me fiz louco, dinovo, grotesco e tosco, dinovo
As coisas mudaram demais
Os panques usam cadeado Papaiz
E o Frevo da Augusta?
Nem da pra ir mais
Peguei um bronze e vim pra SP
Não pegou bem na cená blazê
Quem sabe uma base da Mac pode resolver
A vida continua e eu não tenho mais espaço pra você acontecer dinovo
Foi seu aniversário e eu não fui só pra poder falar que eu te dei um bolo
Dinovo, me fez de tolo, dinovo, foi tanto enrosco
Me fiz louco, dinovo, grotesco e tosco, dinovo
EU TO FELIZ MAS TO MEIO DEPRÊ
NEM UM STROGONOFE PODE RESOLVER
PALETA MEXICANA, RESTAURANTE GOURMET
NO FOODTRUQUE EU VEJO VOCÊ
Mande notícias do lado de lá
Sem MSN, serve whatsapp
EU SEI QUE TO MEIO SUMIDONA
ACHO QUE SOU LOUCA, LOUCA LOUCA LOUCA
A vida continua e eu não tenho mais espaço pra você acontecer dinovo
Foi seu aniversário e eu não fui só pra poder falar que eu te dei um bolo
Dinovo, me fez de tolo, dinovo, foi tanto enrosco
Me fiz louco, dinovo, grotesco e tosco, dinovo
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48. |
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Toda vez que eu olho
Toda vez que eu chamo
Toda vez que eu penso
Em lhe dar
Ah! Ah!
O meu amor
Oh! Oh!
Meu coração
(Pensa que não vai ser possível!)
De lhe encontrar
(Pensa que não vai ser possível!)
De lhe amar
(Pensa que não vai ser possível!)
De Conquistá-la
Eu amo você, menina
Eu amo você!
Eu amo você, menina
Uh! Uh!
Eu amo você!
Toda vez que eu olho
Toda vez que eu chamo
Toda vez que eu penso
Em lhe dar
Ah! Ah!
O meu amor
Oh! Oh!
Meu coração
(Pensa que não vai ser possível!)
De lhe encontrar
(Pensa que não vai ser possível!)
De lhe amar
(Pensa que não vai ser possível!)
Te conquistar
Ah!
Eu amo você, menina
Eu amo você! juro!
Eu amo você, menina
Uh! Uh!
Eu amo você!
Eu te amo! Eu te amo!
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49. |
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Todo mundo devia nessa história se ligar
Porque tem muito amigo que vai pro baile dançar
Esquecer os atritos
Deixar a briga pra la
E entender o sentido quando o DJ detonar
Era só mais um Silva que a estrela não brilha
Ele era funkeiro
Mas era pai de família
Era um domingo de sol
Ele saiu de manhã
Pra jogar seu futebol
Levou uma rosa pra irmã
Deu um beijo nas crianças
Prometeu não demorar
Falou pra sua esposa que ia vir pra almoçar
Era só mais um Silva que a estrela não brilha
Ele era funkeiro
Mas era pai de família
Era trabalhador, pegava o trem lotado
E a boa vizinhança era considerado
E todo mundo dizia que era um cara maneiro
Outros o criticavam porque ele era funkeiro
O funk não é modismo
É uma necessidade
É pra calar os gemidos que existem nessa cidade
Era só mais um Silva que a estrela não brilha
Ele era funkeiro
Mas era pai de família
E anoitecia ele se preparava
É pra curtir o seu baile
Que em suas veias rolava
Foi com a melhor camisa
Tênis que comprou suado
E bem antes da hora ele já estava arrumado
Se reuniu com a galera
Pegou o bonde lotado
Os seus olhos brilhavam
Ele estava animado
Sua alegria era tanta
Ao ver que tinha chegado
Foi o primeiro a descer
E por alguns foi saudado
Mas naquela triste esquina
Um sujeito apareceu
Com a cara amarrada
Sua mão estava um breu
Carregava um ferro
Em uma de suas mãos
Apertou o gatilho
Sem dar qualquer explicação
E o pobre do nosso amigo
Que foi pro baile curtir
Hoje com sua família
Ele não irá dormir
Era só mais um Silva que a estrela não brilha
Ele era funkeiro
Mas era pai de família
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50. |
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Quando ainda ilha
Uma índia navegou.
Junto à terra firme
As montanhas acordou.
E no seu sorriso cabe um Taj Mahal
De sorrisos e eu trago mil pechinchas do Nepal
Só pra estender um mar de lantejoulas pra você
Um Índico de estrelas
Pra você poder dizer que nada, meu amor, em mim.
E no seu sorriso cabe um vendaval
De sorrisos e eu curto minhas rimas no seu sal
Só pra estender um mar de lantejoulas pra você
Um Índico de estrelas pra você
Um mar de lantejoulas pra você
Um Índico de estrelas pra você poder nadar
Num mar que agora existe em mim.
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51. |
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Ó menina vai ver nesse almanaque
como é que isso tudo começou
Diz quem é que marcava o tic-tac
e a ampulheta do tempo disparou
Se mamava se sabe lá em que teta
o primeiro bezerro que berrou
Me diz, me diz, me responde por favor
Pra onde vai o meu amor
Quando o amor acaba
Quem penava no sol a vida inteira
como é que a moleira não rachou
Me diz, me diz
Quem tapava esse sol com a peneira
e quem foi que a peneira esfuracou
Me diz, me diz, me diz por favor
Quem pintou a bandeira brasileira
Que tinha tanto lápis de cor
Me diz, me diz, me responde por favor
Pra onde vai o meu amor
Quando o amor acaba
Diz quem foi que fez o primeiro teto
Que o projeto não desmoronou
Quem foi esse pedreiro esse arquiteto
E o valente primeiro morador
Me diz, me diz, um morador
Diz quem foi que inventou o analfabeto
E ensinou o alfabeto ao professor
Me diz, me diz
Me responde por favor
Pra onde vai o meu amor
Quando o amor acaba
Quem é que sabe o signo do capeta
E o ascendente de Deus Nosso Senhor
Nosso Senhor
Quem não fez a patente da espoleta
Explodir na gaveta do inventor
Me diz, me diz, me diz por favor
Quem tava no volante do planeta
Que o meu continente capotou
Me responde por favor
Pra onde vai o meu amor
Quando o amor acaba
Vê se tem no almanaque, essa menina,
Como é que termina um grande amor
Me diz, me diz... Um grande amor
Se adianta tomar uma aspirina
Ou se bate na quina aquela dor
Me diz, me diz
Me diz... Aquela dor
Se é chover o ano inteiro chuva fina
Ou se é como cair do elevador
Me responde por favor
Pra que que tudo começou
Quando tudo acaba
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Vitor Brauer Governador Valadares, Brazil
Um mineiro de Governador Valadares que é compositor, produtor, membro das bandas Desgraça, Ginge, Lencinho, Lupe de Lupe, Tristeza Não Tem Fim e Xóõ, e criador e integrante do movimento Geração Perdida de Minas Gerais.
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